sexta-feira, agosto 22

A dor instalou-se no peito como veneno.
De um agudo profundo, espalhou-se nas veias
Tornou negro o sangue que nelas correm
A dor veio em flecha, de longe e certeira.
Zarabatana do amor vencido.
Faz pulsar vagarosamento o peito.
Faz perder o ritmo da respiração.
A dor mata-me aos poucos,
a cada suspiro,
a cada verso.
hoje.

quarta-feira, agosto 20

tristeza densa que tira o sono
saudades frias que dão cansaço
os olhos já doem ao ver o sol.
a boca amarga ao gole d'água.
a alma azeda nos dias quentes em que o tempo não passa.

espero, deitada em areia fina, a noite em que a lua chegue
e me leve..

sexta-feira, agosto 15

As botas estão rotas, após tão longo caminhar.
As roupas desbotadas, as unhas desgastadas, os cabelos desgranhados.
A pele brilha mais. o sorriso vale mais. os olhos percebem mais.
O coração, a recompor-se entre pedaços de fita-cola e remendos de superbonder, bate cada dia mais forte.
Tempo curto, que faz a vida saber longa!